Denunciante alega que acordo de licenciamento de IA da Amazon violou as leis antitruste

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Denunciante alega que acordo de licenciamento de IA da Amazon violou as leis antitruste

Tempo de leitura: 3 minuto

A Amazon está enfrentando escrutínio sobre seu acordo de licenciamento de $380 milhões com a startup de IA Covariant, após uma denúncia de um delator alegando que a transação foi estruturada para contornar as regulamentações antitruste, conforme relatado pela primeira vez pelo The Washington Post.

Com pressa? Aqui estão os fatos rápidos!

  • A Amazon contratou os fundadores da Covariant, mas manteve suas operações separadas.
  • O acordo restringe a Covariant de vender sua tecnologia livremente, limitando a concorrência.
  • A FTC está revisando a reclamação e a Amazon defende a estrutura como legal.

A denunciante afirma que o acordo equivaleu a uma “aquisição reversa”, onde a Amazon efetivamente adquiriu a tecnologia e os principais engenheiros da Covariant sem passar pelo processo formal exigido para aquisições maiores, conforme relatado pelo The Post.

Em agosto de 2024, a Amazon anunciou que havia contratado três dos fundadores da Covariant e cerca de 25% do pessoal da empresa, ao mesmo tempo que adquiriu uma licença não exclusiva para o software de rede neural da Covariant usado em robôs de armazém, conforme noticiado pelo The Post.

A Amazon afirmou que o acordo ajudaria a melhorar seus sistemas de robótica e automação. No entanto, a denúncia do delator à Federal Trade Commission (FTC), à Securities and Exchange Commission (SEC) e ao Departamento de Justiça (DOJ) argumenta que a Amazon estruturou a transação para evitar a revisão antitruste.

De acordo com o documento, o negócio de $380 milhões ultrapassou o limite de $119,5 milhões que normalmente desencadeia os requisitos de relatórios pré-fusão, relatou o The Post.

A reclamação também destaca termos no acordo que supostamente restringem a capacidade da Covariant de vender sua tecnologia para outras empresas, transformando-a em uma empresa “zumbi” com perspectivas limitadas.

O Post relata que uma conversa gravada incluída no arquivo revela que o CEO da Covariant expressou que a empresa provavelmente faria apenas um ou dois pequenos negócios, por valores muito menores do que o preço original pago pela Amazon.

O denunciante, um ex-funcionário da Covariant, afirma que a estrutura do negócio sufoca a concorrência nos campos de IA e robótica, especialmente dada a posição dominante da Amazon no e-commerce.

A porta-voz da Amazon, Angie Quennell, defendeu o negócio, afirmando que ele não justifica uma revisão antitruste porque a Covariant permanece operacional, com alguns de seus funcionários permanecendo na empresa, conforme relatado pelo The Post.

Ela enfatizou que o objetivo do acordo era aprimorar a tecnologia da Covariant sem limitar sua capacidade competitiva. A FTC confirmou que está revisando a reclamação, mas a agência se recusou a comentar mais sobre o assunto.

Este caso faz parte de uma tendência crescente em que grandes empresas de tecnologia, como Amazon, Microsoft e Google, estão fazendo movimentos estratégicos para adquirir tecnologias de IA valiosas sem comprar formalmente empresas.

Essas chamadas “aquisições reversas” estão levantando preocupações entre os reguladores, que temem que tais negócios possam limitar a concorrência e a inovação, particularmente na indústria de IA que está se desenvolvendo rapidamente.

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