Dizer “Por Favor” Para a IA Pode Estar Queimando Milhões em Energia

Especialistas afirmam que a polidez com a IA molda seu tom, enquanto Sam Altman da OpenAI admite que a cortesia está custando milhões em eletricidade.

Dizer “por favor” e “obrigado” para chatbots de IA pode parecer uma etiqueta inofensiva – ou até mesmo sem sentido. Mas, na verdade, está custando milhões para os gigantes da tecnologia, e alguns dizem que é um hábito que vale a pena manter.

O CEO da OpenAI, Sam Altman, confirmou recentemente que cortesia não é gratuita. Usar “por favor” e “obrigado” com chatbots de IA parece ser nada mais do que boas maneiras, no entanto, conforme relatado em um artigo recente do Futurism, isso pode resultar em milhões de dólares em perdas para empresas de tecnologia.

O usuário @tomiinlove postou no X que ele se perguntava sobre os gastos com eletricidade que a OpenAI tinha com os usuários agradecendo aos seus modelos. Ao que o CEO da OpenAI, Sam Altman, respondeu com:

dezenas de milhões de dólares bem gastos–nunca se sabe

— Sam Altman (@sama) 16 de abril de 2025

Kurtis Beavers da Microsoft, diretor da equipe de design do Microsoft Copilot, diz em uma entrevista com a WorkLab, que embora a IA não tenha sentimentos, ela responde de forma mais colaborativa quando os usuários estabelecem um tom respeitoso.

Porque os modelos de IA generativa são treinados em conversas humanas, eles refletem a polidez, profissionalismo e clareza de sua entrada. “É uma conversa”, observa Beavers, e o usuário orienta o tom. Dizer “por favor” e “obrigado” não apenas melhora as respostas do chatbot.

Futurism reporta que uma pesquisa de fim de 2024 revelou que 67% dos usuários dos EUA são educados com seus chatbots. Desses, 55% disseram que fazem isso porque “é a coisa certa a fazer”, enquanto 12% admitiram que é apenas no caso de uma revolta de IA.

Uma investigação do Washington Post em conjunto com pesquisadores da Universidade da Califórnia estudou o impacto ambiental das mensagens produzidas pela IA. O consumo de energia para enviar um e-mail assistido por IA semanalmente durante um ano equivale a 7,5 kWh, o que corresponde ao uso de energia de nove residências em Washington D.C. durante uma hora.

Embora a etiqueta da IA possa parecer insignificante, ela destaca uma questão maior: nosso comportamento digital tem consequências energéticas reais. Indeed observa que os centros de dados que executam essas ferramentas de IA já utilizam cerca de 2% da eletricidade global – uma cifra que se espera aumentar consideravelmente à medida que a IA se torna mais integrada à vida cotidiana.