Relatório dos Fiscais Revela que Google Favorece Seus Próprios Serviços e Limita a Concorrência.

A Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido (CMA) acusou o Google de abusar de sua dominância na publicidade tecnológica, afirmando que a empresa favorece seus próprios serviços e limita a concorrência.

A declaração de objeções da CMA, divulgada na sexta-feira, diz que as ações do Google criam um campo de jogo desigual para os rivais do setor de publicidade tecnológica. Uma decisão final será tomada por um painel separado após considerar o feedback do Google.

A investigação revelou que a maioria dos editores e anunciantes dependem dos serviços de tecnologia de anúncios do Google para comprar e vender espaço publicitário digital. A CMA acredita que o Google usa seu poder de mercado para priorizar seus próprios serviços, tornando mais difícil para os concorrentes oferecerem opções mais competitivas para editores e anunciantes.

Isso aumentou as preocupações de que o comportamento do Google está limitando a concorrência e impedindo que as empresas obtenham um acordo justo.

De acordo com a Bloomberg, Juliette Enser, diretora executiva interina de aplicação da CMA, afirmou que as conclusões provisórias da autoridade indicam que o Google está abusando de seu poder de mercado. Ela explicou: “O Google está usando seu poder de mercado para prejudicar a concorrência quando se trata dos anúncios que as pessoas veem nos sites”.

A Bloomberg informou que o Google discorda das conclusões da CMA. Dan Taylor, VP de Anúncios Globais do Google, disse que o caso se baseia em interpretações errôneas do setor de tecnologia de publicidade. Ele acrescentou que a empresa planeja emitir uma resposta formal.

“Nossas ferramentas de tecnologia de publicidade ajudam sites e aplicativos a financiar seu conteúdo e permitem que empresas de todos os tamanhos alcancem efetivamente novos clientes”, disse Taylor à CNBC.

Esta não é a primeira vez que o Google enfrenta escrutínio sobre suas práticas de publicidade. No ano passado, os reguladores da UE também levantaram preocupações sobre o domínio da empresa no mercado de publicidade tecnológica, acusando o Google de favorecer seu próprio programa de troca de anúncios em detrimento de concorrentes, dando-lhe uma vantagem injusta no setor.

A Comissão Europeia sugeriu que o Google pode precisar reestruturar seu negócio de tecnologia publicitária para abordar essas preocupações. A Bloomberg aponta que, em julho de 2023, a Comissão Europeia observou que simplesmente exigir que o Google implemente mudanças comportamentais pode não ser suficiente para combater suas práticas anticompetitivas.

Isso levanta a possibilidade de uma medida mais drástica, como ordenar que o Google separe seu negócio de tecnologia publicitária de seus serviços principais.