Meta Demite 20 Funcionários Por Vazamento de Informações Confidenciais

A Meta demitiu cerca de 20 funcionários por vazarem informações internas, reforçando sua postura contra divulgações não autorizadas.

The Verge foi o primeiro a relatar as demissões, que ocorrem em meio a um escrutínio intensificado sobre vazamentos que revelam planos de produtos ainda não anunciados e reuniões internas.

“Dizemos aos funcionários quando eles entram na empresa e oferecemos lembretes periódicos de que é contra nossas políticas vazar informações internas, independentemente da intenção”, disse o porta-voz da Meta, Dave Arnold, ao The Verge.

Recentemente realizamos uma investigação que resultou em cerca de 20 funcionários sendo demitidos por compartilhar informações confidenciais fora da empresa, e esperamos que haja mais. Levamos isso a sério e continuaremos a tomar medidas quando identificarmos vazamentos”, acrescentou ele.

A empresa intensificou os esforços para rastrear vazamentos após relatos sobre a recente reunião geral do CEO Mark Zuckerberg. Após detalhes da reunião aparecerem na imprensa, a Meta emitiu avisos, e o CTO Andrew Bosworth posteriormente disse aos funcionários que a empresa estava progredindo na identificação de vazadores, conforme relatado pelo The Verge.

“Há uma coisa engraçada acontecendo com esses vazamentos”, disse Bosworth durante uma reunião interna no início de fevereiro, conforme observado pelo The Verge. “Quando as coisas vazam, acho que muitas vezes as pessoas pensam, ‘Ah, ok, isso vazou, portanto, isso nos pressionará a mudar as coisas’. O oposto é mais provável.”

Uma reunião anterior com Bosworth também foi vazada. Ele discutiu o assunto posteriormente em um grupo aberto interno chamado Vamos Consertar a Meta, afirmando, “Como previsto, a totalidade do Q&A de hoje vazou. Parece que alguém simplesmente entregou o áudio completo para um jornalista”, conforme relatado pelo The Economic Times.

A Meta não especificou que informações foram vazadas, quem eram os funcionários ou onde os detalhes foram compartilhados. No entanto, a ação ocorre durante um período de agitação interna.

A repressão da empresa sugere que mais demissões podem ocorrer à medida que sua investigação interna continua. A moral dos funcionários supostamente diminuiu após as mudanças de política de Zuckerberg, incluindo ajustes na moderação de conteúdo, a dissolução de programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI).

Além disso, a Meta recentemente cortou 3.600 empregos, citando problemas de desempenho, mas alguns funcionários afetados afirmam que não tinham histórico de baixo desempenho. Outros afirmam que foram demitidos enquanto estavam em licença parental ou médica.

O Economic Times argumenta que as recentes demissões da Meta estão alinhadas com uma onda mais ampla de cortes em grandes empresas de tecnologia. O Google, por exemplo, cortou menos de 100 empregos em sua divisão de nuvem, principalmente em operações de vendas.

Além disso, a empresa pertencente à Alphabet lançou um programa de saída voluntária para os funcionários dos EUA em sua divisão de Plataformas e Dispositivos.