Implante Cerebral Restaura Fala em Paciente com ELA

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Implante Cerebral Restaura Fala em Paciente com ELA

Tempo de leitura: 2 minuto

  • Kiara Fabbri

    Escrito por: Kiara Fabbri Jornalista multimídia

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Uma nova interface cérebro-computador (BCI) permitiu a um homem com ALS avançada recuperar sua capacidade de se comunicar através de um implante cerebral. Os resultados desse caso foram publicados ontem no New England Journal of Medicine.

Esta nova tecnologia converte sinais cerebrais em texto numa tela de computador, que pode então ser convertido usando a tecnologia de texto para fala com até 97% de precisão. De acordo com a UC Davis Health —os desenvolvedores da interface— esses resultados a tornam o sistema mais preciso de seu tipo até o momento.

Este BCI foi implantado no cérebro de Casey Harrell, um paciente de 45 anos com ELA que perdera grande parte de sua capacidade de falar devido à progressão da doença. A ELA compromete progressivamente as células nervosas responsáveis pelo movimento, levando a uma perda de controle muscular e, finalmente, da fala.

De acordo com a UC Davis Health, o BCI interpreta a atividade cerebral quando os usuários tentam falar e converte esses sinais em texto, que é então vocalizado por um computador. O neurocientista Sergey Stavisky, co-investigador principal do estudo, explicou: “Estamos realmente detectando sua tentativa de mover os músculos e falar.”

A tecnologia rapidamente alcançou alta precisão durante as sessões de treinamento. Inicialmente, obteve 99,6% de precisão em palavras com um vocabulário limitado a 50 palavras. À medida que o vocabulário aumentou para 125.000 palavras, o sistema manteve uma taxa de precisão de 90,2%. Após 8 meses de coleta de dados e treinamento, ele apresenta um desempenho consistente com 97,5% de precisão.

A Reuters informou sobre um segundo estudo publicado ontem. A paciente deste estudo era uma mulher com ELA que recebeu uma versão anterior de uma neuroprótese aos 58 anos. O dispositivo funcionou efetivamente por seis anos, permitindo que ela se comunicasse por meio de cliques. Eventualmente, o dispositivo tornou-se pouco confiável devido à atrofia progressiva do cérebro.

De acordo com a equipe de pesquisa, futuros esforços podem precisar mirar diferentes regiões cerebrais que são menos afetadas pela progressão da doença.

No entanto, o sucesso dessas tecnologias de BCI não só destaca conquistas significativas na pesquisa neurológica, mas também oferece esperança para melhorar a comunicação para indivíduos afetados por graves deficiências de fala. Chips neurais semelhantes também foram criados para ajudar pacientes paraplégicos a usar seus cérebros para usar efetivamente um mouse e teclado.

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