IA Impulsiona Descobertas Mais Rápidas, Mas Diminui a Satisfação no Trabalho, Revela Estudo
A Inteligência Artificial está causando um grande impacto na ciência dos materiais, acelerando descobertas e levando a mais patentes e novos produtos. Um estudo recente analisou como uma ferramenta de IA para a descoberta de materiais afetou um grande laboratório de pesquisa, mostrando benefícios empolgantes e desafios significativos.
Com pressa? Aqui estão os fatos rápidos!
- Cientistas habilidosos se beneficiam mais da IA, priorizando sugestões eficazes e evitando falsos positivos.
- 82% dos pesquisadores relatam menor satisfação no trabalho, citando tarefas repetitivas e redução da criatividade.
- Laboratórios se adaptam priorizando cientistas com fortes habilidades de julgamento em suas práticas de contratação.
O estudo descobriu que a IA pode aumentar significativamente a taxa de descoberta de materiais, automatizando muitas tarefas de geração de ideias. Isso permite que os cientistas se concentrem em testar as sugestões feitas pela IA. Analisando os mecanismos, a pesquisadora descobriu que a IA automatiza 57% das tarefas de geração de ideias, direcionando os pesquisadores a se concentrarem na avaliação dos materiais candidatos gerados pela IA.
No entanto, o sucesso desta tecnologia depende fortemente das habilidades dos pesquisadores que a utilizam. Cientistas com forte julgamento e expertise rapidamente aprenderam a priorizar as melhores sugestões da IA, enquanto outros lutaram, desperdiçando tempo em ideias que não funcionavam.
Apesar desses benefícios, o estudo revelou um grande inconveniente: a maioria dos pesquisadores se sentiu menos satisfeita com seu trabalho. Cerca de 82% relataram menor satisfação no trabalho, principalmente porque suas tarefas se tornaram menos criativas e mais repetitivas. Muitos disseram que sentiam que suas habilidades estavam sendo subutilizadas, e a mudança de foco tornou o trabalho menos prazeroso.
Essas descobertas desafiam a ideia de que a IA assumirá apenas tarefas tediosas, deixando as pessoas se concentrarem em trabalhos mais gratificantes. Em vez disso, o estudo mostrou que a IA está automatizando algumas das partes mais empolgantes da pesquisa científica – como a geração de novas ideias.
“Não pude deixar de sentir que grande parte da minha educação agora é inútil”, disse um cientista do estudo, conforme relatado pelo The Wall Street Journal.
O estudo também analisou como o laboratório se adaptou às mudanças trazidas pela IA. Depois de ver como a ferramenta funcionava, o laboratório mudou suas práticas de contratação para se concentrar em cientistas com fortes habilidades de julgamento. Embora isso tenha ajudado a melhorar a colaboração com a IA, aumentou a diferença entre pesquisadores mais e menos produtivos, aumentando a insatisfação para alguns.
A autora acredita que a IA poderia ajudar a reduzir a desigualdade de renda se os trabalhadores recebessem o treinamento adequado. Por exemplo, um paralegal bem treinado usando a IA poderia lidar com tarefas normalmente realizadas por advogados experientes, potencialmente ganhando uma renda mais alta.
Sem treinamento adequado, no entanto, a situação é “como enviar pessoas para um avião sem colocá-las primeiro em um simulador de voo e dizer-lhes, ‘Oh, desculpe, você caiu, acho que você é um mau piloto'”, explicou ele ao The Wall Street Journal.
As descobertas levantam questões importantes sobre como a IA afetará o futuro do trabalho científico. Embora as ferramentas de IA possam acelerar a inovação, elas também correm o risco de tornar os empregos menos envolventes se não forem usadas com cuidado.
O estudo sugere que as organizações e os formuladores de políticas precisam encontrar maneiras de equilibrar esses efeitos – como oferecer um treinamento melhor e redesenhar funções para manter as tarefas interessantes e recompensadoras.
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