DJI Processa Pentágono Por Alegações de Laços com o Exército Chinês

Image by Peter Fazekas, from Pixels

DJI Processa Pentágono Por Alegações de Laços com o Exército Chinês

Tempo de leitura: 3 minuto

Com pressa? Aqui estão os fatos rápidos!

  • A DJI está processando o Departamento de Defesa dos EUA para remover seu rótulo de “Empresa Militar Chinesa”.
  • A DJI afirma não ter vínculos com o exército chinês e vende apenas drones para consumidores/comerciais.
  • O processo alega que a DJI perdeu contratos e foi estigmatizada como uma ameaça à segurança.

DJI, a maior empresa de drones do mundo, está processando o Departamento de Defesa dos EUA para remover seu nome de uma lista de “Empresas Militares Chinesas”. O processo, apresentado na sexta-feira, afirma que a designação é injusta, já que a DJI garante não ter vínculos com o exército chinês e produz exclusivamente drones para consumidores e uso comercial.

A DJI argumenta que a decisão do Departamento de Defesa causou prejuízos significativos ao seu negócio. A empresa afirma que perdeu contratos, foi rotulada como uma ameaça à segurança nacional e foi proibida de trabalhar com várias agências governamentais dos EUA.

O processo também destaca que vários clientes internacionais cancelaram contratos com a DJI e estão indispostos a entrar em novos acordos.

A DJI, representada pela firma de advocacia americana Paul Weiss, alega que o Pentágono se recusou a fornecer qualquer justificativa para a designação ou se reunir com representantes da empresa, conforme notado pelo Politico.

O processo segue a decisão do Pentágono em 2022 de adicionar a DJI à lista de “Empresas Militares Operando nos Estados Unidos”, conforme relatado pela Politico.

Esta ação ocorreu após o Departamento de Defesa declarar os produtos da DJI uma possível ameaça à segurança nacional em 2021, o que levou a uma proibição do uso de drones da DJI por agências governamentais dos EUA, acrescentou a Politico.

O Departamento de Defesa mantém esta lista como parte da Lei de Autorização de Defesa Nacional, um esforço legislativo destinado a contrariar as tentativas de Pequim de adquirir tecnologias avançadas por meio de empresas que parecem ser entidades civis, observou Bloomberg.

A lei exige que o Departamento de Defesa identifique empresas que operam nos EUA que estão conectadas, direta ou indiretamente, ao exército chinês, disse Bloomberg.

A DJI foi adicionada a essa lista pela primeira vez em 2022 e continua nela a partir da atualização mais recente em janeiro de 2024. As empresas dos EUA estão proibidas de fazer negócios com empresas chinesas nesta lista, conforme observado pela Bloomberg.

Os legisladores dos EUA levantaram preocupações sobre os riscos de segurança associados aos drones da DJI, incluindo potenciais vulnerabilidades de transmissão de dados e vigilância, uma acusação que a DJI negou, conforme notado pela Reuters.

O Pentágono ainda não respondeu ao processo, informou o Politico.

O caso destaca as tensões contínuas à medida que ambas as nações navegam na interseção do comércio e da segurança.

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