IA e o Futuro da Morte
A inteligência artificial está mudando a forma como as pessoas pensam sobre a morte e como nos lembramos daqueles que já se foram, conforme relatado em uma nova análise de pesquisa por The Conversation.
Com pressa? Aqui estão os fatos rápidos!
- A tecnologia AI cria versões digitais dos falecidos, permitindo interações póstumas.
- A vida após a morte digital levanta preocupações legais sobre propriedade e responsabilidade sobre contas online.
- O luto digital poderia complicar o fechamento emocional ao manter as memórias muito acessíveis.
The Conversation destaca como a IA está desempenhando um papel em como gerenciamos nosso legado digital. Empresas como Apple, Google e Meta possuem ferramentas que permitem a uma pessoa de confiança acessar suas contas online após a morte.
A Microsoft até patenteou um sistema que usa dados digitais – desde emails a posts em redes sociais – para criar um chatbot que imita o estilo de comunicação do falecido, conforme relatado anteriormente pelo The Washington Post. Essa tecnologia oferece às pessoas uma maneira de interagir com uma versão virtual de seus entes queridos falecidos.
The Conversation relata que, seguindo essa tendência, empresas de mídia na Coréia do Sul criaram um documentário chamado “Meeting You”, que reuniu uma mãe com sua filha falecida através da realidade virtual.
Utilizando tecnologia avançada de imagem digital e voz, a mãe podia ver e conversar com um avatar em realidade virtual de sua filha, conforme relatado anteriormente pelo The Korea Times.
No entanto, The Conversation observa que o surgimento da imortalidade digital levanta questões importantes sobre a propriedade e responsabilidade da persona virtual de alguém. Por exemplo, questiona quem tem controle sobre sua presença digital após a morte.
Nos EUA, muitos estados aprovaram leis que permitem que as pessoas incluam contas digitais em seus testamentos. Na Alemanha, os tribunais decidiram que as contas de mídia social de uma pessoa falecida devem ser tratadas como propriedade, concedendo à família o acesso, relata The Conversation.
Mas ainda existem problemas. Por exemplo, e se uma versão em IA de você disser ou fizer algo que você nunca faria? Quem é responsável quando uma IA representa erroneamente uma pessoa?
Além disso, The Conversation observa que a criação de versões em IA das pessoas pode ser cara, custando frequentemente milhares de dólares. Isso cria uma situação em que apenas os ricos podem se dar ao luxo de viver digitalmente, levantando preocupações sobre novas formas de desigualdade.
Enquanto algumas pessoas encontram conforto em manter uma conexão com o falecido, psicólogos alertam que interagir com versões digitais de entes queridos pode dificultar o processo de seguir em frente e aceitar sua perda, conforme relatado pelo The Conversation.
À medida que a tecnologia de IA avança, essa nova forma de luto pode complicar a maneira como as pessoas lidam com a morte.
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